quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Leonard Bernstein.

 

Cinebiografia de Leonard Bernstein, Maestro, indicado a 7 categorias no Oscar 2024, é estrelada  e dirigida por Bradley Cooper.

A cerimônia acontecerá em 10 de março próximo.

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Maestro americano (entre os maestros mais importantes de sua época),compositor, pianista, educador musical, autor e  benfeitor.






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  Trecho de West Side Story,com regência do próprio Bernstein.A canção transformou a história dos musicais da Broadway.

clique aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=srb2EyvTSGw


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Leonard Bernstein nasceu em 25 de agosto de 1918, em Lawrence, Massachusetts, com o nome de batismo  Louis,para agradar a avó

Mas sempre foi chamado de Leonard.

Aos 16 anos ,oficialmente ,adotou esse nome.

 Era filho de Samuel e Jennie Bernstein, casal de imigrantes vindo da Ucrânia.

O pai, assim que chegou aos Estados Unidos, começou a trabalhar como limpador de peixes. 

Este pai prosperou,mudou de ramo e ,de vendedor de perucas, passou a ser um próspero distribuidor de produtos de beleza.

 Leonard aprendeu que sucesso nos negócios era fundamental e que música, arte e cultura eram ocupações menores.

Foi uma  criança tímida e doente e se apaixonou pela música depois que uma  tia deu para a família  um piano vertical ,velho e desgastado pelo tempo.


 INFLUÊNCIAS

Juventude

Durante seus estudos, Leonard Bernstein conheceu Dimitri Mitropoulos, que despertou nele o desejo de se dedicar à regência e Aaron Copland que despertou a atração por compor e divulgar a música americana.

Mais tarde, durante as aulas de verão (em 1940 e 1941) em Tanglewood, foi Serge Koussevitzki quem deixou a sua marca no jovem talentoso. Ele identifica seu potencial e o contrata como assistente.

Bernstein também é fascinado por Gustav Mahler (1860-1911) de origem judaica, que como ele, foi compositor, pianista e maestro. 


SURPRESAS DO ACASO

Em 1943, Leonard Bernstein tornou-se regente assistente da Filarmônica de Nova York.

 Uma surpresa do acaso acelerou o início da carreira : ele teve que substituir Bruno Walter em cima da hora, durante um show transmitido pela rádio, sem ensaio. 

Bernstein foi excepcional naquela noite e, dia seguinte, aos 25 anos, tornou-se celebridade em todo o país


A partir daí, aconteceu a mais brilhante das carreiras de maestro do século XX.


O INTÉRPRETE

Bernstein  trabalha na América, Europa e Ásia,regendo música dos seus contemporâneos ao mesmo tempo em que revisita os grandes autores, do barroco à música do século XX. 

Primeiro maestro americano a se tornar diretor da Filarmônica de Nova York, foi convidado para o La Scala de Milão.

Como pianista, atua como solista e em música de câmara. 

Deixou mais de 400 gravações e inúmeros vídeos. 

ENGAJAMENTO


Músico engajado,preocupado com os problemas sociais do seu tempo, esteve presente em momentos históricos, como a celebração da queda do Muro de Berlim, quado regeu a Sinfonia nº 9 de Beethoven em cada lado do muro.

Desaprovou abertamente a guerra lançada pelos Estados Unidos no Vietnam, apoiou a integração das minorias e o movimento pelos direitos civis. 

Em 1970, causou escândalo ao organizar com sua esposa Felicia uma noite de apoio à Pantera Negra, uma organização política afro-americana.


O COMPOSITOR

Musicais, sinfonias, balés, música de câmara, música sacra, melodias, obras para piano, maestro e professor, Leonard Bernstein ,se destaca em todos estes gêneros. 

Lida com diversos estilos com facilidade - jazz, pop, música clássica, popular, folclore, coral religioso - que mistura em músicas representativas da América do século XX,


 

Compôs a trilha de "West Side Story", "Amor, sublime amor".no Brasil, filme  ganhador do Oscar em 1962, com 29 vitóriais e 11 indicações  em festivais ao redor do mundo.

VIDA AFETIVA

maestro e a atriz costarriquenha Felicia Montealegre   se conheceram durante uma festa em 1946, três anos depois dele ter sido convidado para reger a Filarmônica de Nova York.Ambos em início de carreira.

Em 1951, casaram-se  e  tiveram três filhos, Jamie, Alexander e Nina. 

Foi uma relação turbulenta,repleta de traições, principalmente com homens.

Ele a deixou em 1976 para viver sua homossexualidade, depois voltou para o antigo lar para cuidar dela durante o câncer que a acometeu, até a morte, em 16 de junho de 1978.

Trecho de uma carta de Felicia,mulher admirável:

Felicia

"Você não admite a possibilidade de uma vida dupla, mas se a sua paz de espírito, a sua saúde, todo o seu sistema nervoso dependem de um determinado padrão sexual, o que você pode fazer?... Estou disposta a aceitá-lo como você é, sem ser mártir... vamos tentar ver o que acontece se você for livre para fazer o que quiser, mas sem culpa e confissão." 

TEMPOS FINAIS

Sua última apresentação pública foi em Tanglewood, dia 19 de agosto de 1990 com a Orquestra  Sinfônica de Boston, numa performance de "Four Sea Interludes" de Benjamin  Britten e da Sétima Sinfonia de Beethoven


Bernstein fumou muito por um longo período de tempo, e por isso ,teve enfisema desde a metade da década de 1950.

Morreu de infarto agudo do miocárdio causado por um mesotelioma, cinco dias depois de se aposentar,em 14 de outubro de 1990, aos 72 anos,em Nova York.

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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Caetano Veloso ,La mer e minibio de Charles Trenet


 


Caetano Veloso, lançou na
 sexta-feira (23) ,uma regravação de “La Mer“,grande clássico da música francesa, composto em 1943,por Charles Trenet .

clique abaixo:

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“Quem veio ao meu show está dispensado de ir a meu enterro”,disse-brincando- Charles Trenet, pouco antes de morrer em sua última apresentação na sala Pleyel, em abril de 2000.

Vítima de preconceito por assumir abertamente sua homossexualidade e obrigado a provar que não era judeu na França ocupada pelos alemães, Trenet produziu uma série de hits.


Um deles - Douce France - virou hino da Resistência, durante a ocupação nazista.


Cantor, compositor, letrista de cerca de mil canções, artista plástico, poeta, escritor revolucionou a música francesa nos anos 40 com seus versos inspirados e estética semelhante aos poemas de Paul Éluard e Jacques Prévert.

Por sua vez, influenciou compositores e intérpretes que lhe sucederam, como Charles Aznavour, Jacques Brel e George Brassens.

Infância solitária


Louis-Charles-Augustin-Claude Trenet nasceu em Narbonne, em 18 de maio de 1913, filho do tabelião Lucien, um melômano que orientou os filhos no caminho da música, e de Marie Louise.Teve um irmão mais novo, Antoine.

A mãe abandonou a família quando Charles tinha 7 anos para seguir o famoso cenarista e diretor de cinema Benno Vigny

En 1922, morando em Perpignan, onde cresceu, Charles é mandado para um internato em Beziers onde tem sofrimentos psicológicos intensos. Convalescendo de uma fere tifóide, volta para casa, quando emerge sua sensibilidade artística ( modelagem, música e pintura). .

Experiência Alemã 


Aos 15 anos, vai para Berlim viver com a mãe e o segundo marido, Benno Vigny, que lhe oferece a possibilidade de frequentar uma escola de arte, onde passa a circular entre as celebridades do cinema alemão.
En 1930, volta à França e, com a permissão do pai, entra para a Ecole des Arts Décoratifs.

Terminado o curso, trabalha como assistente de direção e acessorista nos estúdios cinematográficos franceses. Ali conhece Antonin Artaud, Jean Cocteau e Max Jacob e tem seus primeiros poemas e livros editados. Benno Vigny volta a Paris com Marie-Louise, para rodar um filme musical.


Para trabalhar na equipe como compositor das quatro canções que faziam parte do roteiro, Charles se matricula e passa no exame da SACEM (espécie de sindicato francês de músicos, compositores e editores)


Charles e Johnny
En 1933, conhece um jovem pianista, Johnny Hess, com quem forma o duo. "Charles et Johnny".
A dupla compõe jingles publicitários para rádio e faz muito sucesso  mesclando música francesa tradicional com as tendências modernas.

Charles escreve, Johnny compõe.

A parceria rende 16 títulos e um contrato com a gravadora Disques Pathé.
O duo acaba com a chegada do serviço militar obrigatório para os dois artistas mas, antes de partir, deixam para Jean Sablon gravar uma canção feita em cinco minutos - letra rabiscada num guardanapo de papel - a obra-prima Vous qui passez sans me voir .

Nasce o showman


Maurice Chevalier, impressionado com a popularidade de Trenet decidiu colocar em seu repertório uma canção que achava “meio sem pé nem cabeça”. “Y'a d'la Joie”, sucesso estrondoso e imediato nos vaudevilles de Paris. Yves Montand inclui canções do jovem compositor em seu repertório

A grande visibilidade leva Trenet a interpretar suas próprias cancões e, para isso, cria um visual original usando sua experiência de artista plástico: aba do chapéu arredondada como uma auréola (para disfarçar o rosto redondo), terno vermelho e sorriso constante iluminado pelos olho azuis:um showman de primeira qualidade.


Glória Nacional

Durante a segunda guerra mundial, mesmo sendo um homem marcado pelas suas preferências sexuais e pela amizade com artistas judeus, Charles Trenet resolve continuar na França.

Suas canções, verdadeiros hinos à liberdade, são censuradas pelo governo de Vichy.


Douce France” torna-se o hino da Resistência.

A imprensa colaboracionista sugeriu que o sobrenome Trenet seria um anagrama de Netter e ele teve que provar que em quatro gerações de sua família não havia nenhum judeu.

Em 1943, em um trem para Perpignan, Trenet compõe La Mer, que ficou 3 anos nas paradas. Ferido por membros da Gestapo durante um interrogatório, torna-se uma glória francesa.


Fama mundial, traição doméstica


Terminada a guerra, Charles Trenet parte para conquistar os Estados Unidos, onde se torna amigo de George Gershwin, de Duke Ellington, de Louis Armstrong, e de Chaplin.

E ,em seguida ,veio o resto do mundo.
Esteve várias vezes no Brasil entre 1947 e 1955, onde sua popularidade era imensa.

O sucesso durou até os anos 60, quando a febre do rockn’roll alcançou a França dando lugar a Johnny Holliday, Richard Anthony et Françoise Hardy.

Em 1963, foi vítima de uma armação, encenada pelo ex cozinheiro-motorista – secretário que o acusava de recrutar jovens efebos para partcipar de festinhas íntimas.


Ficou preso para averiguacões por um mês e, depois do julgamento, foi condenado a um ano de prisão e multa de dez mil francos, sendo  beneficiado com sursis.

Durante a estadia na prisão escreveu uma prece para os prisioneiros e uma canção para o carcereiro.

Em 1977, a morte da mãe, com quem mantinha forte ligacão, o deixou recluso por dez anos.
Esta semi-aposentadoria aconteceu numa mansão do sul da França, onde escreveu muitos romances e um livro de memórias: "Mes jeunes années".

Duplo preconceito


Em 1983, lançado candidato à Academia Francesa, sofreu duplo preconceito : foi impedido por não compor música “cabeça” e por ser homossexual declarado. 

Mas, em contrapartida, recebeu muitas homenagens, como a Légion d'Honneur e o Grand Prix National des Arts et Lettres.

Retomando a carreira em 1987, lançou, dois anos depois, seu último disco sempre com a mesma temática - infância, alegria e amor - e se engajou na campanha de François Mitterrand e Jack Lang, na eleição presidencial de 1988.

Últimas aparições 

Aos 85 ans, em julho de 1998, canta no festival de Nyon, na Suíça, para uma platéia de 20 mil pessoas que fazem coro (por conhecerem de cór) seu repertório legendário.


Depois, na Sala Pleyel,em Paris, o público emocionado também aplaude com emoção o ídolo que se movimenta com muita dificuldade,mas canta com o mesmo entusiasmo dos vinte anos.


Em abril de 2000, o cantor sofre um acidente cardiovascular, se restabelece e comparece à inauguração do pequeno museu instalado na casa natal, em Narbonne.
 

Situado na Avenida Charles Trenet 13, onde objetos, partituras e fotos de seu percurso artístico levam o visitante a conhecer sua vida familiar, evocando em particular a figura da mãe, Marie Louise, que ali viveu muito tempo.


O poeta voou



Charles Trenet desejava morrer como um poeta: “ Eu quero ir voando”, dizia, ao falar da morte.

E assim foi: Charles Trenet voou em paz, durante o sono, na madrugada do domingo 19 de fevereiro de 2001.
Ao saber da morte, o presidente da França, Jacques Chirac, declarou: “Trenet era símbolo de uma França sorridente e criativa, figura muito próxima de cada um de nós” *************************************************
"La Mer", som ambiente de minha infância



"Douce France"

https://www.youtube.com/watch?v=Iit3Kabs7QA



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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Hitler e seus segredos

 


 


Com a autoridade moral de mãe de filho homossexual, filha de pai fugitivo do regime nazista,neta de avó prisioneira do campo  de concentração de Teresienstad (atual República Tcheca) e cidadã alemã ,por ocasião da entrada em domínio público do livro  de Hitler Mein Kampf (Minha Luta), decidi repostar o texto abaixo.

Porque passamos quatro anos de momentos difíceis aqui no Brasil,mais do que flertando com o nazismo, numa crise institucional seríssima e o preconceito e o racismo grassando.

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Dois livros, um mesmo assunto, diferentes abordagens : o homofóbicoThe Pink Swastika: Homosexuality in the Nazi Party” (A suástica cor de rosa: homossexualidade no Partido Nazista ), dos americanos Scott Lively e Kevin Abrams (4a edição, 2002 ) e o documental “O Segredo de Hitler: a vida dupla de um ditador”  do historiador alemão Lothar Machtan (Editora Objetiva, 2001), trazem à público uma bem guardada informação : Hitler era gay (!?)

A suástica cor-de-rosa
  

Ao ser publicado pela Veritas Aeterna Press em 1995, e nas sucessivas edições, o livro produziu o efeito de uma bomba nos sites gays da internet. 
Os autores mostram com “provas irrefutáveis” que a homossexualidade era o centro dos regimes nazista e fascista e que a elite nazista era constituída por homossexuais enrustidos.

As diretrizes do Partido teriam sido traçadas em Munique – mais exatamente no Bratwurstgloeck, que seria conhecido nos dias de hoje como um bar gay.

Muitos dos rituais e símbolos viriam de “organizações sodomitas”, entre elas a saudação “Sieg Heil” (Viva a Vitória!) e a logomarca dos SS.

Segundo o livro, Hermann Goering caprichava na aparência, usando roupas exóticas e maquiagem pesada, mesmo sendo tido como um marido exemplar em seus dois casamentos.
Rudolph Hess , seria conhecido no Partido como “Fraulein Anna”.

Herschel Grynszpan, jovem judeu que matou Ernst von Rath em Paris (1938), dando aos nazistas uma boa desculpa para a “Noite de Cristal”, onde foram mortos 35 mil judeus, é descrito como "prostituto homossexual que sabia demais", detalhe que foi usado pelo advogado de defesa, com sucesso, para adiar indefinidamente seu julgamento por homicídio.

A orientação fundamentalista de direita do discurso dos autores deu origem a discussões sem fim que, até hoje, explodem aqui e ali, provocando um debate cujo conteúdo é surrealista.

Havia uma outra razão para que os nazistas prendessem e matassem homossexuais: eles desejavam apagar evidências “incriminatórias” contra seus próprios líderes.

Scott Lively (advogado e presidente da Pro-Family Law Center - uma espécie de “TFP” norte-americana ), e Kevin Abrams (que se autodefine como “um psico-historiador” das leis) procuram destruir o mito de que os nazistas perseguiam homossexuais.

E que, na realidade, a maioria dos nazistas e atuais simpatizantes (como os dirigentes dos modernos grupos nazistas americanos) também eram ou são gays.
E que os homossexuais foram os verdadeiros culpados pelo Holocausto, uma vez que Adolf Hitler e todos os seus comparsas eram gays. 



O Segredo de Hitler

Segundo Lothar Machtan, professor de História Contemporânea e do Tempo Presente na Universidade de Bremen, Adolf Hitler teve-ao final dos anos 20 - uma série de relacionamentos homossexuais.
Durante cinco anos, por exemplo,teria mantido uma relação com seu colega de caserna Ernst Schmidt.

A partir de 1930, com a ascensão do partido nazista, ele se sentiu vulnerável e tentou por todos os meios apagar esta imagem "comprometedora".

A eliminação do chefe das SA Ernst Roehm, em 1934, foi diretamente ordenada por Hitler, como “queima de arquivo”.

O Coronel Roehm, homossexual assumido, detinha em seu poder documentos altamente comprometedores.
Adolf Hitler teria ordenado a perseguição aos homossexuais para dissimular sua própria sexualidade.

Destaque na feira de Frankfurt em 2001, a obra enfoca a pessoa humana que foi Adolf Hitler, dissecando especialmente um período sombrio que nunca havia sido explorado: sua juventude em Viena e o início da carreira político-militar na Alemanha.

O Professor Machtan documenta os envolvimentos pessoais do ditador e seu caráter promíscuo (teria sido contagiado pela sífilis), explicando que só é possível tentar compreendê-lo se for considerado este aspecto de sua personalidade.


A orientação sexual obrigou a cúpula do Partido Nazista a se restringir a um círculo que foi se tornando cada vez mais fechado. As nomeações para cargos de confiança seriam feitas não pela competência, mas pelo nível de discrição e fidelidade ao Führer.

As raras relações heterossexuais também são avaliadas: com a própria sobrinha Angela Maria (Geli) Raubal(talvez ela tenha sido amante do Tio Adolf, talvez não.)
A morte aos 23 anos foi anunciada oficialmente como suicídio, mas rumores garantiam, na época, que havia sido morta por Heinrich Himmler.

Quanto ao casamento “in extremis”, segundo Lothar Machman, Hitler teria se unido a Eva Braun pouco antes do suicídio para, com este gesto grandiloquente,“assegurar sua masculinidade perante a História”

Afirma também o autor que “a inclinação sexual de Hitler não é “A” chave para compreender sua vida, mas conhecê-la abre novas possibilidades interpretativas”

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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Leonard Bernstein - em elaboração


 




                                         (1918-1990)

Um dos Maestros mais importantes de seu tempo- e o primeiro Maestro americano a ter consagração internacional, compositor, pianista, educador musical, autor  e ativista pelos direitos humanos.  
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 Linha do tempo

*Nascido em Lawrence, Massachusetts, em 25 de agosto de 1918,  filho de Samuel Joseph e Jennie Bernstein.


Sobre o pai, declarou em entrevista 

 Acho que  provavelmente o maior

presente que meu pai nos deu  foi nos ensinar a amar  

o aprendizado, a sabedoria e  

a busca real por estes valores"


*Estudou na Universidade de Harvard, 

no Curtis Institute e No Berkshire Music Center 

em Tanglewood, onde chamou a atenção do 

maestro Serge Koussevitzky,  

mentor dos primeiros estágios de sua carreira.

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 * 14 de novembro de 1943  Estréia como maestro da Filarmônica de Nova York no Carnegie Hall, em Nova York,no lugar de outro maestro, Bruno Walter, que havia adoecido. 

Hollywood 1944

 
"O inesperado fez uma surpresa" e sucesso do desempenho colocou o jovem músico no centro das atenções.

Logo, foi convidado como maestro e professor nos Estados Unidos e Europa. 

sábado, 27 de janeiro de 2024

SOBRE O ATO INSTITUCIONAL número 5



+ Que não descanse em paz

De acordo com pesquisa da Folha Online  publicada nos 40 anos do AI5,8 em cada 10 brasileiros nunca ouviram falar no famigerado Ato número 5, um dos 17 criados pela ditadura militar e o mais terrível deles,de autoria do jurista e então Ministro da Justiça Luiz Antonio da Gama e Silva e, sem prazo para extinção,durou até 1979.

Em 13 de dezembro de 1968,  o Ato Institucional Número 5, fechou o  Congresso,aposentou juízes,cassou mandatos politicos.

Uma das  decisões desse decreto -que é considerado uma excrescência jurídica-acabou com a concessão do habeas corpus,  garantia fundamental para os direitos individuais e estimulou a repressão militar e policial.

Com o AI-5,o governo do “presidente” Arthur da Costa e Silva tinha liberdade total para demitir e aposentar funcionários de todos os poderes e ai de quem contestasse.  
 Cerca de cem congressistas foram cassados,500 filmes censurados assim como 450 peças teatrais, outras tantas 500 canções e  perto do AI-5,os outros atos pareceram brincadeirinha de criança. 

Para firmar a oposição ao regime ditatorial no país,a UNE ( União Nacional dos Estudantes ) organizou no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralizaram fábricas em protesto e a guerrilha urbana começou a se organizar. 

A chamada “Geração AI-5” viria a sofrer( todos nós sofremos,na verdade) as conseqüências da atitude passiva do empresariado,de outros setores sociais  e da própria população,iludida pelo “milagre brasileiro” que foi  construído meio artificialmente a partir de então.

Contando com a melhora no desempenho econômico, reflexo de um fenômeno mundial  circunstancial,acontecido sem que houvesse a globalização de nossos dias.
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Jamais deve ser esquecido. Para que nunca mais se repita.
Tivemos o chamado livramento deste golpe militar se repetir ,por ocasião da derrota de Bolsonaro na eleição de 2022.


domingo, 14 de janeiro de 2024

Dandara, esposa de Zumbi dos Palmares,símbolo da resistência negra

Em matéria publicada em 2015,encontrei 11.705 pessoas assim registradas em cartórios no Brasil.
Dandara, nome de origem africana, é especialmente presente em culturas afro-brasileiras. 
O significado exato pode variar, mas geralmente é associado a características como "poderosa", "guerreira" e "aquela que luta"
Dandara representa a força e a resistência das mulheres negras na história,nos ensina a Wikipedia.

CONTINUA








 QUILOMBO DOS PALMARES
 

Segundo o IPHAN. quilombo é toda a habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.

Palmares foi o quilombo mais famoso do Brasil, estabelecido no final do século XVI na capitania nordestina de Alagoas. 

Era composto por vários mocambos (comunidades do tamanho de aldeias) unidos para formar um reino africano. 
Alguns habitantes de Palmares,  os quilombolas nasceram no Brasil, enquanto outros vieram da África, especialmente de Angola.

Palmares tornou se  autossuficiente ao diversificar a produção agrícola. 

A  autossuficiência foi encarada  como uma ameaça ao sistema de escravidão no Brasil e as autoridades procuraram  eliminar os quilombolas. O quilombo resistiu aos ataques holandeses e portugueses e sobreviveu por quase um século.

DANDARA DOS PALMARES

Não há certeza sobre local de nascimento de Dandara,mas é certo que não foi a sombra de Zumbi.Com ele teve três filhos: Aristogíton, Harmódio e Motumbo. 
 
Foi uma guerreira negra que  dominava técnicas de capoeira, lutando ombros ombro com homens e mulheres nas muitas batalhas por ataques ao quilombo
Ela  tinha objetivos e  não se enquadrava nos padrões  que são impostos às mulheres, mesmo até hoje, mas cumpria seus deveres de mãe e dona de casa.
Alguns historiadores falam em sexismo.Por ter sido quem foi, não é estudada nas escolas e os movimentos negros e feministas não a focalizam com a frequência que deveriam.

MORTE


Dandara  se opôs a um tratado de paz assinado com o Império Português que libertaria palmarindos presos, em troca pedindo a entrega de todos os escravos que fugissem para o Quilombo dos Palmares
Antes de ser presa pelos portugueses, no dia 6 de fevereiro de 1654, cometeu suicídio, atirando-se de um precipício.
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6+

ISADORA DUNCAN E ELEONORA DUSE.- A amizade virou amor

  Famosas, aclamadas, deusas para seus admiradores, Isadora Duncan - a criadora do ballet moderno e Eleonora Duse - considerada em sua época...