quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Brasil ,eterno país do futuro de Stefan Zweig,projeta detalhes e esquece o conjunto.

  

(capa do livro no original, em alemão)

Minha homenagem ao grande amigo do Brasil, aqui e em textosdetherezapires.blogspot.com

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Em junho de 1940, para fugir do avanço das tropas de Hitler, Stefan Zweig-judeu e escritor consagrado mundialmente- deixou a Inglaterra,onde estava exilado em Bath.

Um telegrama ao editor Abrahão Koogan, informava que na "viagem sul-americana",moraria algum tempo no Rio para completar o "livro brasileiro".

Deslumbrado com o país desde 1935,quando aconteceu a primeira visita,Stefan Zweig veio com sua segunda mulher, Lotte,para viver longe das atrocidades que aconteciam na Europa durante a segunda guerra mundial e para terminar sua autobiografia (O mundo que eu vi). 

A obra,publicada pela primeira vez em 1941 é,segundo o jornalista Alberto Dines, “é o mais famoso de todos os textos que se escreveram sobre o Brasil”. 
Dines é autor da biografia Morte no paraíso – a tragédia de Stefan Zweig (1981) 

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E durante muito,muito tempo depois do suicídio de Zweig e de Lotte , em Petrópolis, o país vem buscando atingir o conceito de "país do futuro", projetando detalhes e esquecendo o conjunto.

Corrupçao edêmica, saúde coletiva debilitada em contraste com as desejadas - e nunca encontradas - abundância econômica e riqueza cultural. 

Nosso povo, hábil em se adaptar às mais diferentes situações, reage com a criatividade e o bom humor de seu intelecto ativo aos sucessivos golpes com que o mau caráter, a incompetência e a pusilanimidade de seus representantes vem lhe "presenteando" através da História.
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Zweig passeou pela Bahia, pelo Recife, pelos morros do Rio de Janeiro e " observou hábitos da cultura brasileira que se destacam aos olhos estrangeiros, como o simples fato de sempre haver um café fresco para receber um visitante".

Leia alguns trechos do livro,
pequena biografia do autor
e o prefácio , na edição online
em
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