Embora há seis séculos formadas por iandés marangatus
( somos todos gente boa),
as populações indígenas além de escravizadas, sempre foram vítimas de grande discriminação - nem mesmo conseguem tomar posse de seu espaço legitimamente demarcado (11,12% do território nacional )
as populações indígenas além de escravizadas, sempre foram vítimas de grande discriminação - nem mesmo conseguem tomar posse de seu espaço legitimamente demarcado (11,12% do território nacional )
São 554 as áreas indígenas reconhecidas pela FUNAI, que abrigam hoje uma população estimada em 330 mil pessoas.
Os índios brasileiros perderam seu idioma, tiveram seus ritos religiosos desrespeitados, seus direitos humanos violados durante séculos e foram despojados de seu enorme território.
Nem mesmo são cogitados para inclusão na política (questionável) de cotas para a educação nas universidades.
Franceses no Rio de Janeiro
Em 1555, os franceses que não respeitavam o Tratado de Tordesilhas e defendiam o direito da posse da terra por quem a conquistasse, pretenderam fundar uma “França Antártica” no Brasil.
Franceses no Rio de Janeiro
Em 1555, os franceses que não respeitavam o Tratado de Tordesilhas e defendiam o direito da posse da terra por quem a conquistasse, pretenderam fundar uma “França Antártica” no Brasil.
O objetivo era garantir a exploração do pau brasil no litoral sul e encontrar espaço para que os protestantes pudessem praticar sua religião em paz.
Depois de derrotados pelos portugueses na Bahia, fizeram nova tentativa no Rio de Janeiro. Liderados por Nicolau Durand de Villegaignon, aportaram na Baía de Guanabara, onde ficaram até 1567.
Logo se aliaram aos índios Tupinambás que, com outras tribos indígenas, tentavam se livrar da escravidão imposta pelos portugueses.
Logo se aliaram aos índios Tupinambás que, com outras tribos indígenas, tentavam se livrar da escravidão imposta pelos portugueses.
Singularidades do Brasil
André Thevet (1502-1590), padre franciscano natural de Angoulême e cosmógrafo da corte de Henrique III, acompanhou Villegaignon nesta viagem, e aqui ficou pouco mais de três meses.
Considerado o descobridor da ilha de Paquetá - há muitos anos atração turística do Rio - foi o introdutor do tabaco, da mandioca e do caju na França.
André Thevet (1502-1590), padre franciscano natural de Angoulême e cosmógrafo da corte de Henrique III, acompanhou Villegaignon nesta viagem, e aqui ficou pouco mais de três meses.
Considerado o descobridor da ilha de Paquetá - há muitos anos atração turística do Rio - foi o introdutor do tabaco, da mandioca e do caju na França.
Consta que levou as sementes e plantou em seu próprio jardim.
Voltou à França, interrompendo sua missão, para não se contaminar pela epidemia de cólera que assolava a região.
No entanto, a breve estada rendeu um vivo e vibrante retrato do Brasil da época, focalizando as crenças e atividades sociais dos índios, descrevendo a flora e a fauna do Novo Mundo.
Choque cultural
Em 1558, Thevet publicou “Lês Singularitez de La France Antarctique, autremment nommée Amérique, et de plusieurs terres et isles “( Singularidades da França Antártica, também chamada América e de muitas terras e ilhas e está no francês da época,pessoal !).
Voltou à França, interrompendo sua missão, para não se contaminar pela epidemia de cólera que assolava a região.
No entanto, a breve estada rendeu um vivo e vibrante retrato do Brasil da época, focalizando as crenças e atividades sociais dos índios, descrevendo a flora e a fauna do Novo Mundo.
Choque cultural
Em 1558, Thevet publicou “Lês Singularitez de La France Antarctique, autremment nommée Amérique, et de plusieurs terres et isles “( Singularidades da França Antártica, também chamada América e de muitas terras e ilhas e está no francês da época,pessoal !).
No livro, além de culpar os reformistas franceses (calvinistas) pelo insucesso da tentativa de colonização, Thévet faz um relato detalhado do aqui observado.
Descreve os índios, alguns dos hábitos alimentares, particularidades das tribos e, escandalizado, fala dos costumes sexuais
“Era e ainda é habitada por estranhíssimos povos selvagens, sem fé, lei, religião e nem civilização alguma, vivendo antes como animais irracionais, assim como os fez a natureza, alimentando-se de raízes, andando sempre nus tanto os homens quanto as mulheres, à espera do dia em que o contato com os cristãos lhes extirpe esta brutalidade.” (trecho do livro )
Abás, kumnhãs, tibiras e sacoaimbeguiras
Os portugueses já se haviam chocado com a naturalidade com que os tupinambás aceitavam os tibiras( homossexuais masculino) e os travestis, mas Thévet, pouco versado, usou o termo persa berdache para ambos. Este termo “pegou”, passando a ser utilizado por viajantes e antropólogos para descrever os nativos homossexuais dos países visitados.
Muitas mulheres indígenas praticavam o homoerotismo, assumindo um papel masculino no trabalho e no lazer.
A sacoaimbeguira ( homossexual feminina ) preferia morrer a ser chamada de kumnhã (mulher) ou manter relações com um homem (abá).
Alguns historiadores acreditam que as sacoaimbeguiras teriam inspirado o mito das amazonas sul-americanas.
Caldeirão de idiomas
Até 1759, a língua "oficial" do Brasil era o Tupi-guarani misturado com português.
Abás, kumnhãs, tibiras e sacoaimbeguiras
Os portugueses já se haviam chocado com a naturalidade com que os tupinambás aceitavam os tibiras( homossexuais masculino) e os travestis, mas Thévet, pouco versado, usou o termo persa berdache para ambos. Este termo “pegou”, passando a ser utilizado por viajantes e antropólogos para descrever os nativos homossexuais dos países visitados.
Muitas mulheres indígenas praticavam o homoerotismo, assumindo um papel masculino no trabalho e no lazer.
A sacoaimbeguira ( homossexual feminina ) preferia morrer a ser chamada de kumnhã (mulher) ou manter relações com um homem (abá).
Alguns historiadores acreditam que as sacoaimbeguiras teriam inspirado o mito das amazonas sul-americanas.
Caldeirão de idiomas
Até 1759, a língua "oficial" do Brasil era o Tupi-guarani misturado com português.
Influenciado pelo Marquês de Pombal, o governo português baixou um decreto proibindo o uso do idioma "híbrido" sob o pretexto que estava atrapalhando comunicações na colônia brasileira.
Foram impostas punições para quem não usasse o português, embora o idioma somente tenha se tornado oficial para valer depois da chegada de D.João VI e sua corte.
Por força da lei, o tupi-guarani foi sendo tirado de circulação ao longo do tempo.
***********************
Nenhum comentário:
Postar um comentário