As matérias publicadas na mídia neste final de semana (4/7/21), sobre a grande exposição 'Alice no País das Maravilhas' noVictoria and Albert Museum de Londres,reacenderam meu desejo antigo de escrever sobre Lewis Carrol. Um prato cheio para estudos psicanalíticos.
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Alice Liddel, foto Lewis Carrol |
O complexo, misterioso e complicadíssimo Lewis Carrol,aliás Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898) ,foi um romancista, autor também de estórias infantis,inventor de brinquedos e de jogos,matemático, pioneiro da fotografia e reverendo anglicano britânico.
Lecionou matemática no Christ College, em Oxford,onde-em 1865-, se apaixonou pela filha do reitor Henry Liddel, Alice ,com direito a relatar um propósito de casamento .
Tudo bem,exceto o fato da idade de Alice àquela altura dos acontecimentos: 10 anos.
Carrol já havia chegado aos 33.
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Lewis Carrol |
Foi em 4 de julho de 1862, numa viagem de barco no rio Tamisa,para fazerem um piquenique,que Alice e as irmãs Edith ( 8 anos) e Lorina de 13 pediram ao amigo para ouvir uma história. .A história que Carrol inventou ali,na hora, mais tarde recebeu alguns outros personagens e se tornou mundialmente conhecida como Alice in Wonderland ,ou no País das Maravilhas,em português. Recomendo a todos vocês,meus leitores, a leitura de "Lewis Carrol, uma biografia", de Morton N.Cohen (Editora Record.1995),na excelente tradução de Raffaela De Filippis.
E mais as páginas arrancadas de seu diário pela família que continham dolorosos textos sobre culpa, o constante martírio da culpa.
Com sua tiragem original datada de 1865,três anos após o piquenique,"Alice" é até hoje um recorde de vendas e de adaptações na literatura inglesa:para cinema, Tv e teatro.
O livro seguinte de Carrol, "Alice no Espelho' também se tornou clássico.
Em vida do autor, o livro vendeu cerca de 180 mil cópias .
Foi traduzido para mais de 125 línguas e só na língua inglesa, teve mais de 100 edições.
Em julho de 2015, completaram-se 150 anos da publicacão.
Desde que tenho interesse pela figura do autor, a mesma dúvida me intriga :muito estranha a ligação com meninas pequenas.Quando envelheceu, trocou as amiguinhas pela companhia de jovens imberbes. Recomendo a todos vocês,meus leitores, a leitura de "Lewis Carrol, uma biografia", de Morton N.Cohen (Editora Record.1995),na excelente tradução de Raffaela De Filippis.
Ali, ficamos sabendo de páginas arrancadas de seu diário pela família,após a morte, que continham dolorosos textos sobre culpa, o constante martírio da culpa.
O autor ,muito sutilmente,sugere que a culpa que aterrorizava Lewis Carrol poderia ter vindo do hábito da masturbação, Tabu total na época e pecado mortal para um religioso.
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Alice em filme de 1903
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