Em 2008, foi divulgada na mídia a seguinte notícia : ”Segundo a ONG Human Rights Watch, de defesa dos direitos humanos, oito egípcios foram detidos e forçados a fazer testes de HIV e exames no ânus, que supostamente comprovariam a conduta homossexual. Três são mantidos algemados no hospital, após o resultado positivo”. Muito assustador saber que, em lugar de dar conforto e tratamento, o governo fundamentalista além de censurar a orientação sexual de cada um, ainda os considera criminosos.
Vamos esquecer que é bem provável que o vírus HIV também contamine mulheres e hemofílicos no Egito. Dando um rewind no tempo, fui consultar anotações de um curso de madame que fiz no início da década de 90, para distrair a cabeça quando meu mundo caiu com a derrocada da área cultural, nos tempos colloridos.
Encontrei anotações da palestra sobre o Épico de Gilgamesh - ( na foto a capa da publicação da Martins Fontes) considerada a primeira manifestação escrita e produzida na Mesopotâmia, sobre a homossexualidade, em torno do ano 2000 AC sobre o amor dos guerreiros Gilgamesh e Enkidu, - e fui ver nas fontes incontestáveis dos motores de busca, se existem relatos de envolvimento entre faraós e rapazes jovens. Sim, meus leitores, existem.
E também existiam e eram considerados legais - nas antigas civilizações da Ásia Menor - relatos de casamento entre homens feitos e adolescentes.
Calor, aridez, sacrifícios
No tempo dos faraós a população do Egito era miscigenada, como hoje. Não sendo ainda árabe, era uma mistura racial com nuances étnicas.
A invasão árabe de 639 DC trouxe novas possibilidades genéticas. Para completar, o fato do país ter sido um grande centro comercial abriu as portas para a convivência entre outras culturas diferenciadas e propiciou casamentos interraciais.
Cada gene, cada meme de cada etnia naquele momento da
História entrou na receita que resultou nas fornadas de egípcios pelo
tempo afora, até o século XXI.
O Egito de hoje é país muçulmano : 93% da população, com maioria
sunita, e 6% seguidores da Igreja Copta ortodoxa, que se separou da
Igreja Bizantina no ano 451 DC.
Tanto os coptas como os muçulmanos são seguidores rigorosos dos preceitos. Assistem cerimônias nos seus templos e levam as palavras do clero ao pé da letra.Os muçulmanos jejuam durante o Ramadan, de acordo com os preceitos do Islam.
Os coptas jejuam duzentos dias por ano, divididos em períodos. Ramadan é um mês preferido por Deus aos demais, porque em uma só de suas noites(A noite do decreto) foi revelado todo o Alcorão.
gays no antigo Egito |
Tanto os coptas como os muçulmanos são seguidores rigorosos dos preceitos. Assistem cerimônias nos seus templos e levam as palavras do clero ao pé da letra.Os muçulmanos jejuam durante o Ramadan, de acordo com os preceitos do Islam.
Os coptas jejuam duzentos dias por ano, divididos em períodos. Ramadan é um mês preferido por Deus aos demais, porque em uma só de suas noites(A noite do decreto) foi revelado todo o Alcorão.
Um bilhão de muçulmanos por todo mundo devem refletir,
orar, praticar o auto controle, no Ramadan.
Durante 30 dias do nascer ao por do sol são interditados comida, bebida, fumo, sexo, uso de perfume, irritação, mexericos e “disse-me disse” e olhares direcionados a coisas ou pessoas “proibidas”.
Dois conceitos fundamentais, baseados em valores religiosos, regem a vida privada, a convivência social e a moral no Egito, formalizados, inclusive, no Código Civil. Halal é o permitido, aceitável e legitimado. O Haram é a transgressão, o tabu. Quem se comporta segundo as normas do Halal terá um lugar no paraíso, quem transgride e comete o Haram, queimará no fogo do inferno
Ramadan,a propósito, vem da palavra árabe Ramida ou ar-ramar que significa calor insuportável e aridez no solo.
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Durante 30 dias do nascer ao por do sol são interditados comida, bebida, fumo, sexo, uso de perfume, irritação, mexericos e “disse-me disse” e olhares direcionados a coisas ou pessoas “proibidas”.
Dois conceitos fundamentais, baseados em valores religiosos, regem a vida privada, a convivência social e a moral no Egito, formalizados, inclusive, no Código Civil. Halal é o permitido, aceitável e legitimado. O Haram é a transgressão, o tabu. Quem se comporta segundo as normas do Halal terá um lugar no paraíso, quem transgride e comete o Haram, queimará no fogo do inferno
Ramadan,a propósito, vem da palavra árabe Ramida ou ar-ramar que significa calor insuportável e aridez no solo.
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