sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Egito-Intolerância Parte 2

O caso Queen Boat

  Cairo, 11 de maio de 2001 Queen Boat era uma discoteca flutuante que descia o Rio Nilo, local freqüentando por turistas, egípcios e uma minoria homossexual que tinha transformado o barco em point. De repente, no meio da noite, o inesperado: uma lancha conduzida pela polícia de segurança do país prendeu 55 pessoas que estavam de divertindo no local. Todos homens egípcios e todos “acusados” de homossexualidade.(foto) Depois de libertos três prisioneiros, começou, para os outros 52, um pesadelo: tiveram suas fotos e identidades publicadas em todo o país, como se fossem criminosos perigosos.
 Como a lei egípcia não condena explicitamente o relacionamento de pessoas do mesmo sexo, os periódicos de oposição divulgaram que foi inventada a versão (falsa) de celebração de casamento gay por seita satânica.

Em 18 de julho de 2001, os “culpados” compareceram a uma corte marcial. Dois jovens foram condenados a 3 anos de prisão e mais 3 de “provação”. Para os outros 50 o processo continuou até 14 de novembro e a sentença final determinou gradações nas penas.
Para os dois supostos líderes, 8 anos de trabalhos forçados por “atentado ao pudor” e “desprezo pela religião”. Para outros 20 presos dois anos de trabalhos forçados e um ano de trabalhos forçados para outro acusado. Os 29 restantes foram liberados. Todas as associações mundiais de direitos humanos denunciaram o absurdo.
Sites gays começaram uma campanha para alertar sobre encontros em público. Homossexuais egípcios não podem se encontrar em chats, organizar festas na comunidade, alugar apartamentos ou casas. A pena para tais “delitos” é prisão e trabalhos forçado s.  

Censura "pede ajuda aos universitários"

 No dia 11 de janeiro de 2008, um mês antes da prisão dos soropositivos, uma cena de beijo no filme egípcio Hina Maysara (Until Further Notice),do diretor Khaled Youssef, escandalizou estudantes religiosos.
Cartaz do filme
O Dr Abdel-Sabour Shahin professor de Estudos Islâmicos da Universidade do Cairo, apoiado por colegas da Al-Azhar University, pediu processo e punição para o diretor e as duas atrizes, Ghada Abdel-Razeq  e Sumaya Al-Khashab, protagonistas da cena que, segundo ele “promove a homossexualidade e destrói a moral da sociedade”.

O professor Elwi Amin, em entrevista ao Al Arabiya News Channell, declarou que assistir cenas heteros (!!) ou homossexuals de tamanha impropriedade é um pecado.

O Reitor Khaled Youssef, entretanto, botou panos quentes e replicou;”Não posso opinar sem ter visto o filme, assim não tenho resposta para nada. Sou acusado de imoralidade e sacrilégio apenas por ter visto o poster do filme”

A tréplica do Professor Elwi Amin foi punk: “Muita gente no Egito nem sabe o que significa a palavra lésbica. É a influência imoral, que vem da cultura ocidental, controlando a mídia”.
Ah,é??? Então tá, Professor,vamos combinar.
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