Deu no "Le Monde": Transexuais em campanha na França

 O  jogo de palavras no cartaz remete ao movimento de resistência francesa ao nazismo durante a segunda guerra  mundial

O jornal diário "Le Monde"publicou em 16/2 matéria assinada por Delphine Roucaut sobre a decepção da comunidade LGBT com Nicolas Sarkozy e sua tendência a apoiar a candidatura de François Hollande. 

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No dia 13 de fevereiro passado, foi lançado o site "Igualdade LGBT 2012"com a palavra de ordem:  "as  associações lésbicas, gays, bi e trans interpelam os candidatos" e trazendo  doze perfis de presidenciáveis franceses.

A questão da orientacão sexual e do gênero está inserida na campanha da eleição  presidencial  de 2012.  

" Frequentemente as reivindicações da comunidade LGBT  se  resumem ao casamento e à adocão", mas resolvemos colocar o assunto TRANS no coração da campanha  ,porque é um tema tão importante como os outros",diz Nicolas Gougaib, porta-voz  da Inter-LGBT, uma das três federações existentes na França dedicadas à militância de direitos humanos, juntamente cin a Federação LGBT e a CIF  (Coordenação InterPride  França).

As necessidades dos transgêneros são pouco expostas na mídia, eclipsadas pela polêmica em torno do casamento de pessoas do mesmo sexo.

 Nicolas Sarkozy já se posicionou contra as proposicões de François Hollande, seu advesário nas eleicões deste ano que tem  sobre a questão uma visão mais moderna,adaptada à  realidade dos tempos.

 Em dezembro de 2011,73 deputados da esquerda apresentaram um projeto de lei visando facilitar a troca da  menção  do sexo no estado civil,ainda condicionada hoje em dia,na França, à esterilização. 

Mais uma vez, Nicolas Gougaib , se pronuncia " é uma boa base de trabalho, mas precisa seguir seu caminho

A questão do casamento que poderia ser automaticamente anulado pela transicão -ou mudança de sexo- de um dos cônjugues ainda não encontra unanimidade na comunidade trans"

Michele Delaunay,  a deputada que redigiu o projeto ( uma espécie de Marta Suplicy francesa).reconheceu que o texto tinha mesmo uma vocação puramente pedagógica e que muitos pontos não ficaram esclarecidos.

 As promessas de campanha de François Hollande

 Se eleito, o candidato socialista promete assistência  médica para a procriação a  todas as mulheres.

Este compromisso que foi firmdo nas primárias do Partido Socialista, foi reafirmado por um de seus porta-vozes no debate  de 11 de fevereiro,organizado pela ABLG (associação de pais e futuros pais gays e lésbicas).

Hollande deseja que os casais homossexuais e as mulheres sozinhas possam receber recursos para a realização da inseminação artificial e fecundação " in vitro",utilizando as mesmas técnicas atualmente reservadas apenas aos casais héteros.

 No staff de Holande  Giles Bon-Maury, o assessor especial para cuidar dos direitos dos gays na equipe da campanha pergunta: "Se os casais homossexuais podem adotar ( na França)por que não podem ter direito à procriação  com acompanhamento médico?"

O candidato socialista é favorável ao casamento gay e à adoção por casais homossexuais,compreende a nova concepção de família e entende que o interesse da criança não é mais  só garantido pelo casal clássico homem-mulher e  que existem novas formas de parentalidade.

Os novos tempos parecem estar chegando.Pelo menos,na França

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