domingo, 13 de outubro de 2024

Lavender Country, arco íris na música country


 Sim, o legado do Lavender Country continua, e o vocalista da banda, Patrick Haggerty, lançou um novo  álbum em 2022,antes de nos deixar:Blackberry Rose: 

 Primeiro trabalho novo do Lavender Country em quase 50 anos.

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Lavender Country , banda americana de música country formada em 1972, cujo álbum auto-intitulado de 1973 é o primeiro com tema gay na história da música country.
Apenas 1.000 cópias foram impressas por ocasião do lançamento.

O álbum foi financiado e lançado pelo Serviço Social da Comunidade Gay de Seattle, com  patrocinio e apoio de produção do ativista Faygele Ben-Miriam. 

Lavender Country se apresentou em vários eventos  LGBT em Washington, Oregon e Califórnia  até sua dissolução em 1976. 

Em 2000, o Journal of Country Music publicou artigo sobre músicos gays do país, concentrando-se em grande parte na história do  Lavender e de seu criador Patrick Haggerty


O álbum inicial  foi relançado em CD em dezembro de 1999 e, em 2000,  saiu o  Lavender Country Revisited,  com três regravações de músicas do álbum original e duas novas. 



A banda se reuniu em janeiro de  2000, apresentando a íntegra do álbum  no Broadway Performance Hall de Seattle  no Seattle Pride daquele ano, sendo incorporado ao Hall da Fama da Música Country.


Houve ressurgimento inesperado em 2014 e Haggerty  planejou lançar um novo álbum, intitulado Blackberry Rose, contando com uma espécie de "vaquinha"entre seu público. 

O trabalho saiu em 2019.



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Patrick Haggerty  (1944–2022)


Haggerty nasceu em 27 de setembro de 1944 e  cresceu em uma fazenda de gado leiteiro perto de Port Angeles, Washington. 
 Depois da faculdade,  ingressou no Peace Corps, mas foi dispensado em 1966 por ser gay.  "Peace Corps é uma agência federal  ndependente, criada em 1961 pelo Presidente John F. Kennedy, para ajudar os países em desenvolvimento, prestando serviços essenciais e promovendo o melhor entendimento entre os americanos e povos de outras culturas"(Wikipedia)

Com a mudança para  Seattle para cursar pós-graduação na Universidade de Washington,Haggerty tornou-se artista e ativista  da Frente de Libertação Gay.   


Aos 75 anos, declarou em entrevista à PAPER-  publicação trimestral independente  de informação sobre assuntos relacionados à moda, cultura e arte-, que sabia que  os conceitos e idéias estavam "além dos limites".

"Sexismo, fascismo, libertação negra, socialismo, revolução, supremacia branca e heteronormatividade e, é claro, amor gay - e as conexões entre esses tópicos - são abordados no  Lavender Country

O mais chocante, porém, é a balada "Crying These Cocksucking Tears". 

É a música que Haggerty  sabia que o tornou "intocável".

"Nenhum músico, hetero ou gay, ninguém me pediu para tocar Lavender Country, ou me juntar a eles em qualquer empreendimento musical, por décadas, décadas", lembra ele. "É como se eu estivesse completamente envenenado."


Ele viveu sem arrependimentos, passando a maior parte de tempo dedicado ao ativismo,à libertação dos negros ,aos direitos dos gays e política socialista e radical. Apenas recentemente , voltou à música, tocando covers para pacientes com Alzheimer em centros de idosos", completa a matéria.. 

Foi casado com seu parceiro Julius "JB" Broughton durants mais de 35 anos.


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