sábado, 30 de abril de 2022

A política do filho único na China e a homossexualidade tolerada

  


 

 "Sub-produtos " da  lei que vigorou entre 1979 e 2015,




 "Na China, a homossexualidade deixou de ser considerada como um delito em 1997, e em 2001 a Sociedade Psiquiátrica do país deixou oficialmente de a definir como uma doença mental.

Apesar de ainda ser um país quer ergueu muros de silêncio em redor deste assunto, tem-se vindo a notar um esforço por parte da população chinesa para uma maior abertura a esta tipo de questões".

(publicado no Diário de Notícias- Lisboa) 

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Sobre a lei:  a  intervenção oficial na vida privada dos chineses.

 Por quê foi,como foi e consequências  econômicas e sócio-antropológicas  



"Política do filho único foi uma política implantada pelo governo da  República Popular da China  (com exceção da província de Henan)- país que tem a maior população do mundo, com mais de 1 300 000 000 de habitantes - com o objetivo de reduzir o crescimento populacional  e, desse modo, facilitar o acesso da população do país a um sistema de saúde e educação  de qualidade. 

Lançada pelo governo no fim da década de 1970, consistia numa lei segundo a qual fica proibido, a qualquer casal, ter mais de um filho. 
Casais que tivessem mais de um filho eram punidos com severas multas. Existem, hoje, cerca de 80 milhões de filhos únicos na China. 
Eles são conhecidos como pequenos imperadores. Em outubro de 2015, no entanto, o governo chinês aboliu a lei por conta do envelhecimeno   da população, ao passar a permitir até dois filhos por família.

Exceções

Apesar de ser chamada de "política do filho único", as regras oferecem uma série de exceções e ambiguidades, algumas existentes devido à ampla oposição ao limite.

 Por exemplo: em grande parte da China rural, a maioria das famílias pode ter um segundo filho, principalmente se o primeiro for mulher. 

Com alguns problemas encontrados ( ex :não  existiriam tantas pessoas para trabalhar no futuro, teriam que pagar muita aposentadoria, ou seja, a população ficaria cada vez mais idosa)  o governo  decidiu que se pelo menos uma pessoa do casal tiver um ou mais irmãos/irmãs , não poderão ter mais que 1 filho, porém, se os dois forem filhos únicos eles podem ter no máximo 2 filhos.

Consequências

A China calcula que a política do filho único evitou 400 milhões de nascimentos ao longo dos últimos anos e ajudou a quebrar a preferência tradicional por grandes famílias, que sempre perpetuou a  pobreza no país. 
Mas há sérias preocupações sobre os seus efeitos colaterais, como abortos  seletivos de meninas e um rápido  envelhecimento populacional  
Em razão da implementação desta política restritiva, o número de casos de abortos e abandono de crianças aumentou significativamente, principalmente naquelas do sexo feminino.

Abolição

Em outubro de 2015, a agência de notícias chinesa Xinhua anunciou planos do governo para abolir a política do filho único, permitindo agora que todas as famílias tenham dois filhos, conforme um comunicado emitido pelo Partido Comunista .

O movimento foi visto como uma contramedida para o crescente envelhecimento da população da  China 
Os críticos das restrições reprodutivas chinesas acolheram a mudança da política, mas afirmaram que a mudança da regra para dois filhos não acabará com esterilizações e abortos forçados, ou com o controle do governo sobre o nascimento de pessoas."

Da Wikipedia
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