quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Freddie Mercury-Trinta anos sem o grande astro do "Queen"


 

 



Antes de compor este texto,conversei com alguns fãs do “Queen” e de Freddie Mercury (um dos mais importantes grupos de rock do mundo e seu líder durante duas décadas) e com alguns experts em música.

Praticamente todos sabiam que o verdadeiro nome de Freddie era Farrokh Bulsara e que ele havia nascido em Stone Town, Zanzibar, colônia britânica no oeste da África, hoje parte da Tanzânia.


A “novidade” que encontrei foi o fato de seus pais serem parsee indianos descendentes de iranianos seguidores do Zoroastrismo.
Na canção "Mustapha", aparecem palavras estranhas que seriam deste dialeto e que estão nos 2 sub títulos a seguir.


As fotos da lendária apresentação do “Queen” no “Rock in Rio” 85 (meninos, eu vi!) ficaram para sempre na iconografia da Música e até hoje estão presentes nos Cds e DVDs da banda.



Razzamaatz


Farrock Bulsara nasceu em 5 de setembro de 1946, filho de Jer e Bomi (naturais de Gujarati, Índia) e, a partir de seis anos, foi para um colégio interno perto de Bombaim, onde logo demonstrou aptidão para artes e música, e começou a ser chamado de Freddie (os coleguinhas tinham dificuldade de pronunciar o nome original)

O pai era funcionário do governo britânico e, com a independência da ilha, em 1963, foi remanejado para Londres.Um ano depois, a família inteira mudou-se para a Inglaterra, onde Freddie completou os estudos.

Em 1969, recebeu o diploma universitário de Arte e Desenho pelo Ealing College of Art. Durante o curso, adotou o sobrenome Mercury, homenagem ao mensageiro dos deuses, que rege as comunicações - librianos como Freddie são regidos por Gêmeos e Vênus, a eloqüência e a beleza.


Foi proprietário de um brechó no “mercado das pulgas” em Londres, onde conheceu o futuro companheiro de trabalho Roger Taylor e passou a fazer parte de um grupo local - o “ Ibex”, como tecladista e cantor.

Roger Taylor (baixo) e Brian May (guitarra), procuravam um parceiro para dar continuidade à banda Smile, dos tempos psicodélicos (1967) - que, no futuro, teria o nome “ Queen”.

Em 1971, John Deacon juntou-se a eles.



Freddie chegou para a nova formação e tudo mudou, menos a presença dos sintetizadores - esta informação está contida na contracapa dos álbuns dos anos 70.


O primeiro álbum do Queen, em 1973, não agradou aos apreciadores da mesmice: a audácia de chamar um grupo de “Rainha” em plena monarquia, o cabelão e pesada maquiagem de Mercury. 

“Killer Queen”, tributo a “uma pessoa tipo Maria Antonieta, sem sexo definido”.


Mais tarde, a partir do LP “The Game”, o grupo se rendeu à tecnologia, chegando ao tecnopop em algumas faixas do “The Works” - ali está“Radio Ga-Ga”.

A iluminação caprichada, as “performances operísticas”, marcações teatrais, refrões poderosos, passos de ballet - que ele adorava - roupas ousadas, letras mais ousadas ainda, solos de piano e, em menos de um ano ,“sob nova direção”, “Queen” já era uma das mais famosas bandas de todos os tempos.


Começaram as turnês pelo mundo, com público nunca menor que centenas de milhares de espectadores.

De 1975 a 1983, o grupo acumulou uma fileira de sucessos.





Vejam só que pitéu, meus leitores: "Bohemian Rhapsody"do album A Night at the Opera (1975), "Somebody to Love", "We Will Rock You", "We Are the Champions", "Bicycle Races", "Fat-Bottomed Girls", "Bicycle Race”, "Crazy Little Thing Called Love" , "Another One Bites the Dust", "Under Pressure" (com David Bowie, 1981).


Mas o grande barato foi mesmo “A Night At The Opera” (1975),quando Freddie fez a festa: rock pauleira misturado a baladas clássicas, vaudeville e instrumentos antigos.


Em 1980, uma mudança drástica no visual mostrando o talento de designer, cenógrafo e figurinista de nosso biografado.


Um macho man de bigodão, corpo trabalhadíssimo, cabelos gomalinados e jeans colantes, substituindo a delicada persona “queeny”. 
A nova imagem não resolveu a confusão na cabeça dos fãs do vídeo-clip de “ I Want to Break Free” (1984) que trazia os rapazes da banda, todos eles, em modelitos totalmente drag.


Trocando de gravadora - da Electra para a Capitol - o “Queen” passou a visitar países da Ásia Menor e América Latina, potencializando a visibilidade. 
Amalgamados, Queen/Mercury passaram a ser uma coisa só.

Marcaram toda uma geração e a música do século XX.

Venderam 850 milhões de discos, ficando atrás apenas de Elvis Presley e dos Beatles.


“We are the Champions”, foi escolhida a “mais bela canção de todos os tempos” em concurso realizado em 160 países.

Em 23 de novembro de 1991, a imprensa recebeu um comunicado confirmando que Fred sofria de Aids, como se suspeitava há tempos.Ele morreu no dia seguinte.

Desde então, muitas homenagens foram prestadas : um concerto beneficente para pesquisa contra Aids, um ballet coreografado por Maurice Béjart e a inclusão no Rock and Roll Hall of Fame.


 

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Freddie Mercury e o Queen gostavam muito de Montreux, na Suíça, onde costumavam descansar nas férias, desde 1978. 

Gravavam no Mountain Studios, ali chegando sempre depois do famoso festival de jazz - um dos álbuns da banda se chama JAZZ.
Felizes com o resultado das gravações resolveram simplesmente comprar os estúdios de som. 

Ali foi realizado o último trabalho do grupo -"Made in Heaven” - com os vocais de Freddie previamente gravados.

Em 25 de novembro de 1996, cinco anos após a morte, foi inaugurada uma estátua de Freddie na Praça do Mercado em Montreux. 


Memória viva na cidade, tornou-se uma tradição que todos os dias fãs do mundo inteiro ali venham depositar uma rosa em homenagem.  
 
SAUDADES 



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