Moro no Leblon, zona sul do Rio, local incensado como reduto de artistas,intelectuais, etc.Mas quando nos mudamos, algumas ruas ainda não tinham calçamento e era como uma cidade do interior- com praia.
Ao ler a notícia
abaixo, que viralizou na internet,o pensamento voou para o momento em que meu filho voltou de uma excursão `a Europa com jovens amigos,primeira de
futuras incontáveis viagens de trabalho ou de lazer.
Trazia, no lóbulo da orelha direita um mínimo brinco imitando diamante e, no antebraço, uma linda tatuagem tribal.
Ele foi o primeiro ser humano do sexo masculino, fora do ambiente artístico, lógico,que vi usando brinco.
Estudava numa escola "futurista", que depois se revelou nem tanto,porque teve atitude completamnte diversa dos princípios que defendia.
Certíssimo de nosso apoio( pais assumidos de filho gay),encarou bem o bullying que se seguiu.
Mãe de mente aberta ,também fui atingida pela discriminação.
Nos
anos 70, havia visto em Londres, um jovem casal com bebê do sexo masculino de
orelhinha furada e com brinco, no carrinho, parecendo a coisa mais
natural do mundo.
Menina pode. Por que menino não podia?
Aqui
no prédio, morava uma jovem estrangeira com trânsito nos mais
vanguardistas dos espaços culturais.Ela bateu `a nossa porta,mesmo só
nos conhecendo de cumprimentos no elevador,por se alegrar ao ver que a
novidade -nem tão novidade mundo afora- havia chegado ao Rio.
Esse
filho pioneiro foi a um evento ano passado, na Fundação Getúlio Vargas,
usando uma saia feita pela irmã em sua aula de corte e costura.
E contou que as pessoas fingiam que não reparavam.
******************
Aconteceu numa escola em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense:
http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-06-01/jovens-fazem-ato-para-apoiar-aluno-repreendido-por-usar-batom-em-escola.html o-por-usar-batom-em-escola.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário