sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Era uma vez Condoleezza Rice e Randy Bean





Feijão com arroz



Desde o dia em que se transformou na mulher mais poderosa do mundo - escolhida por George W. Bush para o cargo de Secretária de Estado (6/11/2004) - até a posse de Obama, Condoleezza Rice deixou um rastro de sangue por onde passou, nas muitas voltas ao mundo que deu, em várias viagens por semana.

Funcionária de confiança de Bush, a segunda afro-americana (após Colin Powell) e segunda mulher (após Madeleine Albright) a exercer a chefia da diplomacia americana. Antes, esteve no Conselho de Segurança Nacional, a partir do primeiro mandato de Bush, em 2001, onde trabalhava em colaboração com o Pentágono e o Departamento de Estado de Colln Powell.

A guinada para a direita foi desastrosa.

Muito mais conservadora que Powell, Rice é co-responsável pela carnificina que assistimos na TV diariamente na hora do jantar, apesar da elegância de atleta universitária e do belo par de pernas, sempre à mostra - conselho dos marqueteiros de plantão - para forçar uma imagem glamurosa.

Antes de entrar para a diplomacia, era reitora da Universidade de Stanford (1993/1999). “Tocar com ternura” Conhecida como "Condi" a moça nasceu em Birmingham, Alabama, (14 de novembro de 1954), filha única de John (pastor da igreja presbiteriana) e Angelena Rice (música) ambos professores universitários.

Seu nome – único - é uma adaptação do termo musical italiano con dolcezza (tocar "com ternura").
É pianista, tocou em público desde criança e frequenta regularmente um grupo musical em Washington, onde reside.

Como o cargo permite algumas extravagâncias e concessões - em nome sabe-se lá de que - Rice tocou com o famoso violoncelista Yo- YoMa em eventos oficiais.
Declara sempre que seu compositor favorito é Johannes Brahms, cuja música considera “apaixonada, mas não sentimental”.

Cientista política formada pela Universidade de Denver em 1974, fez mestrado e doutorado em estudos internacionais é Doutora Honoris Causa de diversas universidades americanas, especializada em política e defesa no leste europeu e Rússia e foi com esse currículo que serviu na administração de Bush pai (1989-1993.)

Está no conselho de administração, entre outras empresas, da Chevron Corporation, Charles Schwab Corporation, fundação Hewlett de William e Flora, da universidade de Notre Dame, no conselho consultivo internacional da J.P. Morgan e ainda no conselho de administração da Sinfônica de São Francisco.

Foi consultora administrativa da Transamerica Corporation, Hewlett Packard, a Carnegie Corporation, a fundação Carnegie para a paz internacional ( que ironia!) Rand Corporation, Mid-Peninsula Urban Coalition e ainda a KQED, uma rádio pública de São Francisco


No peito de Condoleezza também bate um coração



Há anos, na rádio-corredor (radio peão, em paulistês) sussurram-se rumores sobre a sexualidade da Secretária e sua condição de celibatária convicta.

Em 2007, finalmente, foi rompido o mistério.
Um novo livro do jornalista Glenn Kessler, do Washington Post ( The Confidante,Hardcore,2007)revelou informações bem instigantes.

Antes de se tornar a figura mundialmente conhecida, Rice morou com sua amiga especial Randy Bean, cineasta especializada em documentários.
Elas se conheceram no tempo da Reitoria em Stanford e, mesmo tentando manter a vida particular bem lacrada, o autor do livro buscou embasamento nos formulários de financiamento das imobiliárias e em extratos bancários.
As duas mulheres ( Rice - arroz e Bean – feijão, que coincidência!) compraram uma casa em Palo Alto, Califórnia e possuem uma linha de crédito conjunta e solidária.

Bean contou ao jornalista que ficou devendo algumas contas de médicos, o que impediu que obtivesse crédito (algo como nome “sujo”, no Serasa) e um amigo gay professor de Stanford, Coit Blacker, comprou um imóvel em parceria com Condoleezza e, mais tarde, vendeu sua parte a Randy, permitindo que elas pudessem renovar o crédito.

Acabado o trabalho em Washington, tudo indica que as duas voltarão a morar juntas.

O mais incrível é que esta mulher, cujo melhor amigo é gay assumido e cuja “amiga íntima” é uma progressista liberal tenha trabalhado para um presidente que se opôs a qualquer avanço nos direitos dos homossexuais e nada – mas nada mesmo - fez para impedir as atrocidades contra gays no Iran e desrespeito aos direitos humanos em geral.

Rice nunca fala de sua vida pessoal e como o cargo não veio por votação, sua sexualidade também nunca foi um alvo de campanha, mas a comunidade homossexual observou, desgostosa, sua aliança com os republicanos, a oposição ao casamento gay e a concordância com o ranço dos evangélicos que consideram pecado o fato de uma pessoa gostar de outra do mesmo sexo.


O jornal National Enquirer recentemente publicou um artigo que nada tinha a ver com política. Condi foi incluída no material de primeira página “Quem é gay e quem não é” sendo lembrada pela sua postura sempre hostil em relação à comunidade LGBT.
Minha mãe sempre dizia que “não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe”
Acabou,Condoleezza Rice.

Vá pela sombra.

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