O veterano do Vietnam
Talvez o mais conhecido gay nos Estados Unidos nos
anos 70, o Sargento Leonard Matlovich (1943-1988), era um instrutor de
esportes e veterano do Vietnam tendo recebido a Medalha Púrpura e a
Estrela de Bronze por feitos heróicos.
Foi protagonista da mais celebre saída de armário da
década, com cobertura da cadeia de TV NBC e artigos no New York Time.
Matlovitch tremeu nas bases quando se viu na capa do Time Magazine, em 8-9-1975, com foto espalhada por todas as bancas de jornal do pais.
Sem ser ativista, tornou-se um símbolo para todos os homossexuais militares.
Nascido Savannah, Georgia, era filho de um oficial da Força Aérea Americana. Ele e a irmã viveram em bases militares e foram educados dentro dos preceitos da Igreja Católica.
Foi racista e um patriota ferrenho - a bandeira americana sempre tremulando na porta (votou no conservador Barry Goldwater, em 1968). Voluntário para o serviço militar, lutou no Vietnam durante 3 anos até seu avião ser abatido em Da Nang e ficar seriamente ferido.
Matlovitch tremeu nas bases quando se viu na capa do Time Magazine, em 8-9-1975, com foto espalhada por todas as bancas de jornal do pais.
Sem ser ativista, tornou-se um símbolo para todos os homossexuais militares.
Nascido Savannah, Georgia, era filho de um oficial da Força Aérea Americana. Ele e a irmã viveram em bases militares e foram educados dentro dos preceitos da Igreja Católica.
Foi racista e um patriota ferrenho - a bandeira americana sempre tremulando na porta (votou no conservador Barry Goldwater, em 1968). Voluntário para o serviço militar, lutou no Vietnam durante 3 anos até seu avião ser abatido em Da Nang e ficar seriamente ferido.
Ao voltar para casa, depois de ter testemunhado os horrores da guerra, passou a morar na Flórida, perto do Forte Walton Beach e, para sua própria surpresa, começou a freqüentar bares gays nas proximidades de Pensacola.
Numa entrevista, mais tarde, declarou: “Conheci um presidente de banco, um frentista de posto de gasolina e ali não havia discriminação. No dia 30 de maio de 1972, dormi com um homem pela primeira vez”. Somente amigos mais chegados sabiam de sua nova vida. \
Revoltado com as atrocidades cometidas contra os negros entre 1972 e 1975, tornou-se uma espécie de porta-voz da causa. Confiante na compreensão de seus oficiais superiores decidiu escrever uma carta, para ratificar sua homossexualidade. O recorde de missões no Vietnam e a exemplar carreira não foram levados em consideração.
Foi expulso da Aeronáutica seis meses após a declaração.
Um advogado militar prometeu que, se assinasse um documento renegando tudo, seria reintegrado. Matlovich agradeceu e declinou.
Ao contrário, processou a Força Aérea e não recebeu os 160 mil dólares de ressarcimento e a promoção que pedia no caso de uma volta com dignidade. Por ter se tornado mórmon quando vivia em Hampton, Virginia, foi duas vezes excomungado e expulso da igreja que freqüentava.
Mas em 17/1/1979, foi recebido de volta à Igreja, ao vivo no show de tv de Phil Donahue.
A reação de sempre
A experiência mais dolorosa foi a reação dos pais. A mãe foi informada por telefone. Ficou tão abalada que não contou ao marido.
E disse que Deus a tinha punido, porque o filho saído da Igreja católica ”perdera o rumo”.
Mais tarde admitiu que já havia suspeitado (tem mãe que é cega), mas só acreditou quando leu nos jornais. O pai? Gritou duas horas ao telefone e rompeu relações.
Gay assumido, mudou–se para Califórnia e tornou-se um ativista.
Acreditava que os gays civis poderiam se associar e lutar juntos pela causa comum, mas não teve sucesso no empreendimento.
Entre 1975 e 1980, sua vida financeira desintegrou-se com o insucesso da sua pizzaria.
A histeria coletiva que a divulgação do vírus da AIDS causou e mais a pecha de “Câncer gay” que teve no início o levou de volta a San Francisco, onde trabalhou como vendedor de carros.
Durante o verão de 1986, começou a sentir os sintomas e foi dos primeiros a receber o tratamento com AZT, nos tempos em que se morria da tentativa da cura.
Tornou-se, então, um ativista pela pesquisa das causas da doença, contando sobre sua situação de saúde no Good Morning América Show, em 1987.
Morreu em 22 de junho de 1988, um mês após o 45º aniversário e seu túmulo tem a inscrição
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”Quando eu era militar me deram medalhas por matar pessoas e uma dispensa por amar outras”.
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