quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Sthepen Fry-casamento e biografia




Stephen Fry, ator britânico, se casa com o namorado 30 anos mais novo

Cerimônia citou Oscar Wilde e aconteceu no sábado, dia 17, na Inglaterra. 
'Entramos numa sala como duas pessoas e saímos como uma só', disse.

Da EFE





Lá pelos meados da década de 90, Sthepen Fry teve um colapso nervoso e sumiu para tentar resolver suas inseguranças pessoais, ao que parece, causadas por um relacionamento fracassado e divulgado pela mídia - como só a mídia sensacionalista inglesa sabe ser.
Em 1995. atuava em  "Cell Mates", de Simon Gray e, depois de ler uma crítica negativa no jornal Financial Times, teve uma crise bipolar e resolveu não mais participar da peça.
Em seu documentário para a BBC 2, The Secret Life of the Manic Depressive (A vida secreta do maníaco depressivo - 2006), Stephen conta o episódio:

"Há onze anos, saí ao nascer do dia de meu flat no centro de Londres, fui até a garagem, vedei a porta com um edredon que trouxera e entrei no carro.
Lá fiquei, creio, ao menos por umas duas horas, com as mãos na ignição. Era uma tentativa de suicídio, não um grito por socorro. Rumei então em direção ao Sul, e tomei um vapor para o Continente. Apenas sabia que não podia ficar em casa, e realmente acreditava que jamais retornaria à Inglaterra. Não podia suportar o olhar de qualquer pessoa que conhecesse. Mas após uma semana retornei secretamente para um hospital, e um doutor disse que eu era bipolar".

Conseguiu se reanimar com o imenso carinho  demonstrado por  seu público e acabou se  transformado numa espécie de espelho para aqueles - igualmente atingidos por depressão - que conseguiram a cura.

O acontecimento inspirou a música "Stephen Fry" do compositor maranhense Zeca Baleiro, presente no seu 
primeiro disco "Por Onde Andará Stephen Fry?", de 1997.


Zeca Baleiro também teve a oportunidade de entrevistar o próprio  ator  para o site UOL e, ao ser perguntado o que havia achado da música, Stephen respondeu:
"Eu acho ‘Stephen Fry’ absolutamente maravilhosa e, realmente, amo essa música. Eu  me vejo  andando, murmurando e cantando a música para mim mesmo. Você tem uma voz realmente atraente e generosa, e não há nenhuma dúvida de que o meu nome combina perfeitamente com o tom de sua composição.” 

A força recebida e empatia que o colapso provocou foram usadas como fonte para seu humano  desempenho como Oscar Wilde, o  poeta e dramaturgo irlandês, gênio da literatura no filme  teuto-nipo-britânico dirigido por  Brian Gilbert. (1997). 

Passada a nuvem negra, hoje sabemos por onde anda: cumpre com eficiência os papéis de  ator, novelista, memorialista, militante dos direitos humanos e mecenas das artes.

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Stephen John Fry  nasceu em 24 de agosto de 1957, em   Hampstead, Londres, filho de Alan, médico e inventor e da austríaca Marianne.
A família materna judia imigrou para a Inglaterra fugindo da perseguição nazista.
Brilhante e  sempre curioso, Stephen foi educado nos melhores internatos. 
O roteiro da vida começa com potencialização da rebeldia natural dos adolescentes gays quando se tornam reais as suspeitas sobre a sexualidade: aos 15 anos foi expulso de três escolas; aos 16 tentou suicídio e aos 17 cumpriu  3 meses de prisão por fraudar cartões de crédito.

A detenção acabou sendo benéfica e  causou mudança radical na vida do jovem, que mergulhou de novo nos estudos e ganhou uma bolsa na Universidade de Cambridge .
Ali, começou a participar de vários grupos de teatro amador e performances, com seus colegas estudantes Kenneth Branagh, Emma Thompson e Hugh Laurie, que viriam a ser, no futuro, parceiros na profissão de ator.  


Volta por cima 

1982 foi o ano da formatura em Cambridge, com excelentes resultados e um diploma de Literatura Inglesa.
A carreira profissional  começou na série da TV inglesa  Al Fresco, com Thompson e Laurie.
Fry interpreta Oscar Wilde
Em 1987,Fry reescreveu o libreto de Me and My Girl um novo olhar  sobre o sucesso da  Broadway, o que o tornou milionário e detentor do Tony Award  do mesmo ano, uma espécie de Oscar do teatro inglês.
 Hoje, presença constante na mídia de seu país, Fry atua nos palcos, no rádio,  em séries na televisão e no cinema. 
Contribui com colunas e artigos para jornais e revistas, e já escreveu quatro romances e uma autobiografia. 
Trabalha com frequência na BBC Radio 4 e é  considerado, na Inglaterra, "tesouro nacional", "um fenômeno" e " epítome do Homem da Renascença".

Em 2008, participou da narração do jogo de videogame Little Big Planet, da Media Molecule, dublou o Gato Risonho de Alice no Pais das Maravilhas de Tim Burton e é sua voz que narra  toda a série dos livros do Harry Potter em formato de audiobook

Em 2011, fez o papel do irmão de Sherlock Holmes, Mycroft Holmes, no filme Sherlock Holmes: A Game of Shadows.
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