(Repostagem neste momento de perplexidade com o que aconteceu na boate Pulse, Orlando,EEUU)
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“ Transforme o ódio em compreensão, compaixão e aceitação”. Judy Shepard
Durante uma viagem ao Marrocos, Matthew Shepard já
havia conhecido a imagem do preconceito ao ser
atacado por um grupo de seis homens.
Por isso, a
família decidiu que seria mais prudente que ele continuasse seus estudos nos Estados
Unidos, na segurança da cidade natal -
Laramie - um vilarejo com cerca de 26 mil habitantes.
Depois de ver seu
filho, matriculado no curso de Ciências Políticas da Universidade de
Wyoming, Judy Shepard voltou tranquila para casa em Dharam - Arábia Saudita -
onde seu marido Dennis trabalhava, como engenheiro de segurança, em uma empresa de petróleo.
Algumas semanas depois, na terça feira 6 de Outubro
de 1998, Judy e Dennis http://www.matthewshepard.org/Shepard tiveram que fazer uma angustiante viagem de volta de quase 30
horas.
Antes da chegada do casal, a mídia americana havia
enlouquecido e seu sobrenome ocupava as
manchetes, dividindo espaço com os lances do affair Clinton/Monica Lewinsky.
Matthew estava com amigos no Fireside Bar and Lounge
quando foi atraído para uma emboscada
por Aaron McKinney e Russell Hendersen.
Golpeado inúmeras vezes na cabeça com o
cabo de um revólver Magnum 357,
queimado, torturado foi abandonado inconsciente pelos agressores encostado em
uma cerca, nos arredores de Laramie.
Cerca de 18 horas depois, num frio congelante de outono, foi socorrido por um motorista que
passava no local. Em depoimento à polícia,
ele declarou que, à primeira vista, pensou que se tratava de um
espantalho, tal a deformação causada pelo espancamento.
Morreu cinco dias depois, sem sair do coma? Motivo do crime? Matthew
Shepard era gay.
Judy até hoje não sabe explicar o impacto na mídia,
quando tantos crimes hediondos por intolerância sexual acontecem todos os dias.
Talvez, diz ela, porque Matthew era frágil, bonito, inteligente. Talvez porque Wyoming é um dos cenários idealizados
da imagem tradicional do cowboy, do macho
americano. Talvez pela simbologia da
posição em que foi encontrado : braços estendidos como numa crucificação.
O rumoroso processo terminou com pena de morte para
os dois assassinos. Mas nada traria Matthew de volta.
Judy e o marido
intervieram para que a sentença fosse comutada e transformada em prisão
perpétua.
.
A vida de Judy, depois da perda de Matthew, mudou
radicalmente.
Já no funeral pediu que flores fossem substituídas por doações
para uma Fundação.
Decidiu, junto com o marido, lutar por mudanças na
legislação para crimes causados por homofobia
e para preservar a memória de
Matthew da forma como ele gostaria de ser lembrado : tornando realidade seus
sonhos, crenças e desejos.
Ardorosa defensora dos direitos humanos, viaja 5
meses por ano, fazendo palestras e conferências em Universidades.
A meta da Fundação Matthew Shepard é educar
as pessoas para que substituam o ódio pelas diversidades por compreensão,
compaixão e aceitação.
No momento, a
Fundação desenvolve dois projetos : um livro “Out in the Cold” , que conta as
dificuldades de gays e lésbicas habitantes de ruas e um vídeo “A face in the
Crowd”, sobre comportamento homossexual nos Estados Unidos.
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Visite o site da
Matthew Shepard Foundation .
http://www.matthewshepard.org/
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